E ainda tem gente que acha que tudo fica na santa paz depois que se morre. Menos para o alemão Wagner, o célebre compositor de óperas como “Tristão e Isolda”. Proscrito até hoje de Israel em virtude de sua genialidade ter sido usada por Hitler como música ambiente dos campos de concentração. Os sobreviventes sentem um frêmito em sua espinha só de ouvir o som tonitruante de “Navio Fantasma” – um aviso fúnebre. Se Wagner faleceu em 1883, não tem culpa se Hitler roubou-o para compor sua ópera maldita com trilha sonora wagneriana. Os judeus de Israel já perdoaram Strauss, que Hitler também associou ao nazismo como homenagem à Áustria, terra natal de ambos. Eram valsas deliciosas, gostosas de dançar e comemorar em bailes grandes conquistas, que não se comparavam aos acordes espetaculares e apoteóticos de “Valquíria”, anunciando um novo tempo. Impressionando pela profundidade e o vento cortante e desafiador que permeava a música wagneriana. Assim é, se lhe parece.
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