Lula chorou de emoção pelo Brasil ganhar cidadania internacional ao conquistar o direito de organizar e realizar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, quase ao mesmo tempo. Quando só o Primeiro Mundo fazia jus ao galardão de sediar os Jogos Olímpicos. Lula carregou nas tintas quanto ao avanço da autoestima do povo brasileiro, colocando-se como símbolo dos preconceitos quanto à sua capacidade de governar o país, constrangendo seus opositores e o quartel-general da mídia, que costumam subestimar o problema sociológico das diferenças entre as classes sociais num país ainda extremamente injusto e não colocar o seu resgate na ordem do dia. Por não conter o quilate da importância em sua avaliação eivada de discriminação, preocupados em enxergar o macro da economia e desprezar o mínimo – entocado na periferia -, garantidos por não serem alvo de intolerância e exclusão por pobreza no seu direito de ir e vir. Manter-se-iam insensíveis se não fossem assaltados à porta de sua casa e se não vissem a figura de Lula associada ao triunfo nas Olimpíadas. A medalha de ouro, o pesadelo.
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