Outro consistente discurso oposicionista é o do ex-presidente Itamar Franco, que apoiou a eleição de Lula em retaliação ao PSDB do FHC, recebendo em troca a embaixada do Brasil na Itália, para passear na bela Roma, ao longo do rio Pó. De braço dado com Aécio e o projeto de um novo Juscelino está por vir, recém-ingressou no PPS, legenda ajudante de ordens dos tucanos, e irá se candidatar a senador ou governador pelas Minas Gerais. Para quem sentia ódio de FHC, por ter ficado com os louros do seu Plano Real, agora é todo crítico ao culto à personalidade, à certeza messiânica e à incontinência verbal de Lula. Para quem já foi vice do Collor e solidário na decisão sobre o confisco da poupança, teme o perigo à democracia que representa o PT na manutenção do poder a qualquer custo. Para quem, como Collor e FHC, que sonharam e mexeram os pauzinhos para perdurarem no poder por 15 anos com parlamentarismo e outros que tais. O conflito de Itamar com FHC era puro amadorismo originado em egos exacerbados; aos 78 anos, descobriu o profissionalismo.
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