O discurso de João Havelange foi a pedra de toque no trabalho incansável e denodado de Nuzman para cravar as Olimpíadas no Brasil. Que presente de aniversário não seria comemorar seus 100 anos, que celebrar-se-ão em 2016, com a indicação do Rio de Janeiro! Marcará também os 80 anos em que ingressou no movimento olímpico como nadador, competindo nos Jogos de 1936, na Berlim de Hitler. Presidente da antiga CBD, na era Pelé e Garrincha, quando da conquista das Copas de 1958, 1962 e 1970. Antes da globalização, irradiou a paixão pelo futebol durante os 24 anos à frente da FIFA, ao facilitar o acesso da África, Ásia e outros países menos votados. Soube chegar para se tornar um dirigente esportivo que elevou o nome do Brasil, somado ao que nossos jogadores faziam em campo. Soube se retirar com a elegância que geralmente se atribui aos reis, por uma questão de classe, difícil de se ver nas lides esportivas, onde ficar distante dos gramados costuma ser um drama. A discrição de Havelange marcou sua trajetória – pelo bem do esporte.
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