Zé Serra morreu para a política. O Zé do Caixão. Em tudo e por tudo igual ao cavernoso Nosferatu do filme de Murnau e protagonizado por Klaus Kinski no filme de Werner Herzog. Acima de tudo, parabéns ao Zé, que perdeu de pé, altivo, corajoso, valente, e que pôs fim à fama de em cima do muro dos tucanos, que FHC tão bem cristalizou em sua trajetória. Mas Serra perdeu por mostrar seu verdadeiro caráter quando encarnou o espírito da máxima popular que Chacrinha imortalizou: “Eu vim para confundir, não para explicar”. Quando confundiu propositalmente privatização com explorar áreas onde não se tem certeza se existe petróleo e é necessário compartilhar o risco com empresas estrangeiras e nacionais – o sistema de concessão que vem desde Geisel e que FHC e Lula abraçaram para conquistar a autossuficiência de petróleo. O que não tem nada a ver com o pré-sal, o filé mignon do ouro negro, em que o petróleo tem que ser nosso! Pouco adiantou o seu tró-ló-ló. O eleitor votou em 2002, 2006 e 2010 e bateu o martelo para sacramentar que os tucanos se tornaram os vendilhões do patrimônio público ao correr das privatizações.
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