Ficou patente no encontro entre Obama e Netanyahu, em Washington, o que Israel sinalizou em eleições realizadas, depois do fim da era Bush: não quer um Estado palestino. Com o Hamas, seria um estado terrorista no coração do território judeu, consagrado na Bíblia como sendo seu. Mesmo que tribos ancestrais de palestinos lá vivessem, com outro nome, antes da primeira diáspora que originou a formação do povo judaico em busca da Terra Prometida. Se o Irã apregoa a destruição do Estado de Israel e a nuclearização dos propósitos da causa muçulmana, como tratar de forma mais humanitária a faixa de Gaza? Se de Gaza saíam os tais foguetinhos que irritavam o povo israelense e o fez bombardear escolas, hospitais e centros de pesquisa, em revide – pareciam os EUA bombardeando Saddam no Iraque. Israel não aceitará um choque de ordem para conter assentamentos judeus em terra árabe. Para que ambos possam viver em paz, lado a lado, nem se Jesus Cristo reencarnasse, invocando o seu reconhecido papel de pacificador, exercendo o seu direito de dono de um substancial pedaço desse minifúndio agreste, por sua história conquistada a sangue e lágrimas, e, portanto, com direito a voto, de um ex-judeu de Nazaré, que virou cristão. Ufa! Seria metralhado na hora por não ser o Messias e Alá ter tomado seu posto.