Verdadeiramente espetacular a disputa entre o ministro Gilmar do Supremo e o juiz de Sanctis, da Vara Federal de São Paulo. O segundo manda prender para que o suborno não continue a prosperar e impeça a produção de factóides que manipulem mais ainda a pobre da justiça. Enquanto o primeiro manda soltar, irritado com o método espetaculoso de grampear telefones e filmar nós todos, não respeitando a privacidade de cidadãos honestos, até prova em contrário – por que essa prevenção contra os ricos? O juiz em nível hierarquicamente inferior vem se insurgindo, de forma contumaz, contra decisões emanadas da Corte, ganhando de banqueiros perseguidos a alcunha de durão e malvado; seu gabinete comparado a câmara de gás – coisa de gângster, a difamação. Há que examinar se ocorre desvio de conduta na afronta e no desrespeito à independência que não se verga ante interesses que visam amesquinhar e desonrar a democracia, especialmente na função judicial que aplica o direito, em nome dos homens de bem.