Luto para não ter aversão a ninguém
Há versos sãos para quem quiser ler
Me esforço para não julgar o outro perverso
Há sempre outra versão para a mesma história
E cada memória funciona do jeito
Que o próprio peito sabe entender
Por versos, converso
Mas sempre há o avesso
E sou eu que pago o preço
Quando mal me expresso
Quando o mal expresso
Quando maldade disperso ou disparo
Quando busco sucesso
E esqueço o que é caro
Afetos são raros
Ter paz é preciso
Como posso ficar bem comigo
Multiplicando inimigos?
Não gosto de briga
Não creio em vingança
Legítima defesa
Não é esta lambança
Que ando vendo
Eu mesma já fiz
Continua doendo
Tento evoluir
E tá difícil sair
Deste buraco
Quanto mais cavo
Mais eu me acho
Tudo que vai, volta
Um dia sobe e outro desce
Somos todos crianças
Um dia a gente cresce
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