Quem só lamenta, em eternas reclamações briguentas, tenta resolver o problema, ou ser vítima é seu lema? O meu lugar de fala para este assunto é de uma pessoa que já reclamou muito na vida, e consequentemente sofreu bastante com isso. Depois de alguns anos de terapia e de estar realizando várias mudanças no meu próprio comportamento, posso afirmar: pontuar de maneira civilizada alguma questão a ser resolvida a quem tem o poder de solução, ok? Pode ajudar sim, ou não, mas o fato é que, inúmeras vezes, a maioria dos problemas dos quais reclamamos passa justamente por este lugar de reconhecimento, dentro da gente mesmo, do que a gente pode mudar ou fazer para resolvê-los, entende?
Longe de querer afirmar que a gente aceite tudo calada. Não. Mas, o que quero ressaltar aqui é que devemos pesar o que a gente pode fazer pela gente para que nossas reclamações não sejam setas apontadas para tudo e todos, quando, no final das contas, vão acabar espetando a gente, isso sim. Quem perde tempo só reclamando ad aeternum, esperando que os outros ou a providência divina consertem o que está errado, desperdiça uma energia que poderia estar sendo utilizada para resolver o problema em questão. Seja para arrumar uma solução, seja para se desapegar da dor por um acontecimento que não depende de si.
Então, meu bem, o grande salto quântico é este: sair do lugar de vítima e passar a ter o poder de mudar sua própria realidade. É uma virada de chave que não basta falar. Geralmente, acontece depois que a pessoa perdeu muito na vida, por viver reclamando, e tem gente que morre sem aprender isso. Como também tem gente que tem que pesquisar, psicanaliticamente falando, por que precisa tanto das reclamações na sua vida, mas… O que quero dizer é que, já que eu escrevi esta brincadeirinha poética da imagem acima, não me custa nada compartilhar com vocês de maneira mais aprofundada o que está por trás do poema, né?
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