Embora o distritão encabeçado por Eduardo Cunha não tenha sido aprovado e mereça ser comemorado por impedir que essa figura nefasta encorpasse os mais votados nas eleições e enfraquecesse os partidos políticos, e a democracia, o velhaco não foi derrotado. Ele encampou uma proposta de reforma política sabendo que ia ser derrotado por não haver consenso no Congresso sobre a matéria, para nada mudar e tudo continuar como era antes, como disse Tomás Lampedusa em seu livro “O Leopardo” ao se referir à aristocracia italiana decadente no século XIX, que não queria abrir mão de seus privilégios, enquanto Garibaldi comandava uma revolução para unificar a Itália e implantar a república. Para Eduardo Cunha continuar a se dar bem no regime proporcional de votos e, ao mesmo tempo, obter o álibi que tentou, mas não conseguiu, e de que ele não manda na vontade da Câmara dos Deputados, além de ter posto a Câmara para trabalhar como nunca antes alguém se propôs. Eduardo Cunha é muito mais perigoso do que um Renan Calheiros. Por ser uma pústula durante 24 horas.
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