Quem quer aparecer ao lado de Temer, de Cabral ou de Eduardo Cunha? O PMDB de Eduardo Paes foi derrotado, apesar do legado das Olimpíadas, pela falência econômica decretada no Estado pelo decrépito do vice-governador Dornelles, pela corrupção desenfreada no partido de Eduardo Cunha, pelo “Fora Temer!” e pelo fraquíssimo candidato do Paes, acusado de encher de sopapos sua ex-mulher. A direita no Rio, com 8, 98% do Índio (PSD) e 8,65% do Osório (PSDB), vive a escolha de Sofia entre votar no 2º turno no bispo Crivella e no “perigoso esquerdista” Freixo (Psol), que associa ao PT. A direita tem mais pavor do esquerdismo do que das ideias retrógadas e fanáticas dos crentes, mesmo porque ela tem seu próprio repertório. Ricos de Ipanema e Leblon dão liga com os pobres de Crivella? Somados aos 13,97% que votaram no filho do Bolsonaro, onde ficarão os escrúpulos dos que saíram às ruas pedindo o fim da corrupção? E os 16,08% do Pedro Paulo, como fiel da balança, para onde irão se Crivella e Freixo desprezam o PMDB corrupto? É o legado do golpe em Dilma: no crente, nunca, na esquerda, jamais, o voto é nulo. Ou então sujar as mãos com Garotinho, em aliança com Crivella. Mas se a direita já sujou as mãos com Aécio, Serra e Alckmin, citados em diversas delações premiadas que o juiz Moro e seus seguidores do Judiciário não dão curso. Por que, então, essa necessidade de se mostrarem bem arrumadinhos, tão limpinhos e cheirosos como o prefeito eleito João Dória?