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LIBERDADE RELIGIOSA GARANTIU ESPLENDOR DO IMPÉRIO OTOMANO

Mehmet II, com apenas 21 anos, conquistou Constantinopla em 29 de maio de 1453, e pôs fim à raça dos Constantinos que imperou por mil anos no império bizantino, em parte do viria a ser da Turquia. A fé muçulmana no lugar da fé cristã não impediu que Mehmet II devolvesse o brilho de outrora a Constantinopla, ao feitio otomano. A partir de um caráter cosmopolita que reuniu habitantes de todas as raças e credos. Garantindo a restituição de seus imóveis aos cidadãos bizantinos que retornassem à cidade e a liberdade de culto supervisionada pela autoridade religiosa de um patriarca grego ortodoxo, um patriarca armênio e um rabino comandando os judeus, desde que pagassem taxas e prestassem contas. Essencial também para lançar as bases do império otomano foi o envio de navios para acolher os judeus expulsos da Espanha em 1492: “que reino é esse que empobrece o seu para enriquecer o meu?”. Uma tolerância religiosa sem paralelo, ainda mais se comparada ao radicalismo da Inquisição católica. Mas o que deveras embasbacou foi o rompimento com o sagrado preceito islâmico da não representação – de não cultuar imagens, a exemplo da religião católica -, quando Mehmet II, não sem uma certa vaidade, encomendou ao Doge de Veneza – venezianos e otomanos não se davam – que Bellini pintasse seu retrato. Quadro que se tornou famoso, cuja reprodução em todos os guias sobre Istambul confirma uma das decisões mais acertadas que já se viu num soberano em matéria de liberdade religiosa.

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Antonio Carlos Gaio
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