Com o massacre de Orlando (EUA) que ceifou 49 vidas numa boate gay, o Estado Islâmico (EI) aposta no recrutamento à distância de lobos solitários como ampliação da rede organizada de terror. O assassino Omar Mateen aprendeu a nutrir ódio contra gays em mesquitas onde imãs costumam conclamar ao extermínio do mundo dos homossexuais. Os adeptos não precisam mais ir à Síria (Estado Islâmico) com a liberdade de expressão que desfrutam nas redes sociais para seus propósitos, radicados nos países que o fundamentalismo islâmico hostiliza. O EI tem à sua disposição lobos solitários dispostos a morrer para matar quem consideram seus inimigos. Tornando missão impossível descobrir futuros autores de atentados. O Ocidente está seriamente arriscado a não proteger o seu modelo liberal de sociedade, que remonta à independência dos Estados Unidos, em 1777. Ainda mais com a ajuda substancial de Trump nos EUA e de partidos de extrema-direita, que já estão assassinando deputados do círculo euro que defendem o acolhimento da diversidade. O cerne da questão é o Ocidente ter o rabo preso com a Arábia Saudita, Emirados e Qatar por depender de seu petróleo, o que os livra de represálias, sabedores de que esses países financiam o terror por baixo dos panos.