Está repercutindo o silêncio quanto a Lula ser colunista do New York Times. Os antilulistas e a mídia acusaram o golpe. Estão morrendo de “Harvard”. Se, no primeiro mandato, era dito não ser preparado para ocupar a presidência do país, senão mais preocupado em beber cachaça do que ler, ou um simples apedeuta no entender do ex-comunista Carlos Vereza, no segundo mandato, consolidou seu prestígio na cruzada contra a miséria e a fome, o que veio a lhe dar fama no exterior a ponto de o convocarem para escrever no New York Times. O que destoa, no âmbito interno do Brasil, da perseguição que vem sofrendo em decorrência do julgamento do mensalão, com abertura de vários inquéritos, a partir do homem-bomba Marcos Valério. Não satisfeitos com Lula não mais se candidatar à presidência da República, a aliança da mídia com tucanos não relaxará enquanto não o puser na mesma situação de desmoralização em que se encontra José Dirceu. Abandonaram a campanha pouco inteligente para discriminá-lo ou reduzi-lo a subnitrato, que não trouxe bons resultados nas eleições, para tentar colocá-lo atrás das grades. Mas não contavam com uma pedra no meio do caminho: a liberdade de expressão do New York Times. Como a mídia e os tucanos irão se contrapor justamente ao seu modelo de imprensa? Vão fingir cara de paisagem? Não irão veicular via censura branca? Nem, ao menos, o professor Fernando Henrique Cardoso irá saudar seu novo colega de ofício? Ou mesmo o imortal Merval Pereira, cuja literatura se concentra no antilulismo? Quem fala demais, acaba ouvindo o que não quer. O que menos deseja.
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