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LULA LIVRE, EIS A QUESTÃO!

Ser ou não ser? Eis a questão! Manter Lula preso para impedi-lo de disputar e vencer as eleições ou libertá-lo e arcar com o ônus democrático? Lula trouxe, sem ter a menor culpa, insegurança jurídica e o caos à hierarquia dos tribunais. O desembargador plantonista Rogério Favreto da 2ª instância, no Rio Grande do Sul (TRF-4), mandou soltar Lula baseado em que sua condenação é provisória e não pode cassar os seus direitos políticos. Moro, juiz de 1ª instância e de férias na Europa, sem mais poder dar pitaco sobre o destino de Lula, decreta que Favreto é incompetente para sobrepor-se aos seus colegas de instância, e ordena ao delegado Roberval Vicalvi não libertar Lula do cativeiro. O delegado consultou seus superiores, que lhe recomendaram manter Lula na cela. Gebran, em recesso, declara erro do colega de plantão, induzido pelos impetrantes petistas (parlamentares do PT), e suspende a decisão. Favreto põe o papel de novo na mesa, não rende continência a seus iguais, dá prazo para Lula deixar a cadeia, grita com Vicalvi para que a Polícia Federal cumprisse sua ordem e ainda afirma que não estamos em regime político e nem judicial de exceção. Eis que 9 horas depois de iniciada a batalha jurídica, o engomadinho Thompson Flores, presidente da bodega do tribunal, também em recesso, determinou o retorno do processo ao seu dono, o relator Gebran, e cassou o direito do desembargador de plantão. Ficou patente que o desentendimento entre os juízes da Suprema Corte se reflete em instâncias inferiores e confirma a mente pequena que se apoderou do sistema judiciário brasileiro, evidenciando posturas coronelescas e de compadrio agravadas pelo golpe. Tudo por culpa de Lula. E de ser amado pela parcela majoritária da população brasileira. O que não é admitido, e necessitar de um processo fraudado pelo juiz Moro para encarcerar Lula, transformando-o em preso político ao sequestrá-lo do processo eleitoral. Alijando o povo de ouvir suas propostas, não afetando apenas a disputa eleitoral, mas amesquinhando a essência do próprio processo democrático.

Antonio Carlos Gaio:
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