LULA PAGA UM PREÇO SALGADO PARA SE ALIAR A MALUF E TENTAR VENCER SERRA DE QUALQUER MANEIRA

Lula não voltou bem da quimioterapia. Nem bem acabou de se enrolar com Gilmar Mendes, já fez uma aliança com Maluf, a maior pústula que a direita paulista já produziu nos últimos 50 anos. O argumento que o candidato petista à prefeitura paulista é pouco conhecido e conquistar tempo no horário eleitoral da TV é fundamental não procede, pois o malufismo está em declínio, malufista não vota em petista e o mais importante: a maior parte do eleitorado mais conservador do Maluf já se bandeou para o PSDB. Modificando a face progressista do PSDB de Mário Covas para a cara medonha de vampiro de que Serra se investe – segundo Ciro Gomes, o antipático do Serra não tem adversário e sim inimigo. O excesso de esperteza de Lula agregando um Maluf procurado pela Interpol não combina com uma candidatura que se diz de renovação para enfrentar o falso moralismo e o zero à esquerda que Serra é nas questões sociais. O mais grave foi o PT ter abusado de Erundina (como vice de Haddad) pela segunda vez (a primeira foi quando aceitou ser ministra de Itamar Franco em 1993). Não vale o desgaste pelo que Maluf representa como protagonista e sustentáculo do regime militar justamente no momento em que se está buscando a verdade sobre o genocídio praticado pela ditadura militar. Não é nem a sua mente de mascate capaz de fazer qualquer negócio, constante em sua personalidade patológica, nem ele declarar que no mundo atual não existe mais direita nem esquerda – asneira que muitos repetem -, e sim a foto que entrou para a posteridade de um Lula com maus bofes confraternizando com um Maluf com o seu tradicional sorriso asqueroso. E pensar que Serra, Alckmin e o PSDB cansam de fazer aliança com Maluf em São Paulo e ninguém fica escandalizado nem provoca o menor alarde. É considerado normal, dentro dos padrões tucanos, não havendo biografia por rasgar.