Lula se vingou das constantes interpelações de Gilmar Mendes ao exercício do Poder Executivo, quanto a supostos excessos com que a Polícia Federal tenta moralizar o país, além de sugerir politização nas investigações do Ministério Público Federal. Na vaga do falecido Direito, Lula indicou Tofolli, o advogado-geral da União, para juiz do Supremo Tribunal Federal. Exatamente o mesmo cargo que Gilmar ocupava em 2002, quando a mão longa de FHC o tornou supremo juiz. Com os mesmos 41 anos de Marco Aurélio Mello, quando seu primo Collor o nomeou. A larga experiência do senador Álvaro Dias na copa e cozinha dos poderosos sacramenta a indicação como político-partidária, de um mero ordenança de Lula, quando o requisito básico para ser ministro do STF é a independência. Advogado do PT, íntimo de José Dirceu, pouca idade, exíguo currículo na área jurídica, não estudou, sequer fez mestrado, não tem o preparo que se espera de um magistrado, muito menos o perfil para o cargo. Pronto. Tentam colar no Tofolli o perfil de despreparado que quiseram disseminar a respeito de Lula e não colou. É a politicagem em marcha na composição da Alta Corte, a despeito de os juízes assegurarem que julgam segundo a boa técnica jurídica, e nós não mais presumirmos que vá para a Corte Suprema a nata da nobreza jurídica.