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“MAGIA AO LUAR” E “LUCY”

Qual é o elo entre “Magia ao Luar” e “Lucy”? O que não foi focado pela crítica. A espiritualidade ou existe vida inteligente depois da morte. Em “Magia ao Luar”, Woody Allen nos questiona: o que merece maior crédito, a vidente ou o mágico? O ilusionista, que prega a racionalidade e só acredita no que vê, é especialista em desmoralizar os que apregoam a existência do Além, os espíritos e a vida eterna. Até ele constatar que a vidente não era uma fraude e sentir uma atração por ela não confessada por amar primeiro a si. O filme oscila entre a verdade e a trapaça, a crença e a descrença, dilema do próprio W. Allen, sempre pronto a contestar tudo em que ele não quer acreditar por ser ateu, dividido entre ser um gênio no cinema ou um operador de truques cinematográficos. Já “Lucy” é um filme, como os últimos de Luc Besson, que avança sobre o futuro. No dia em que passarmos a utilizar além dos tradicionais 10% do cérebro, de modo a armazenarmos e processarmos mais informações e, por exemplo, perdermos contato com a religião ou mesmo com o medo, ou nos tornarmos mais racionais e menos atrelados a emoções desvairadas. Ou nos movimentarmos ou circularmos a uma velocidade tal que nem imaginamos e desaparecermos à vista dos outros, não havendo mais sentido na existência da matéria, extinguindo-a por completo ao adquirir o estado da onipresença. Em espírito e em seja qual for a vida.
Antonio Carlos Gaio:
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