É melhor se posicionar com mais ironia e menos sarcasmo. Ainda mais se irá abordar assuntos dos quais não está gostando nada do rumo que estão tomando. Por outro lado, há que ser menos negligente e prestar mais atenção ao que se diz em tempos de extrema agressividade pelas redes sociais e abuso da falta de inteligência, senão retardamento mental face às opções políticas que o brasileiro assumiu nas últimas eleições, em reação à versão propagada pelos golpistas, escolhendo o pior pensando ser o melhor e retroagindo o Brasil à era colonial ou escravagista. O atraso convivendo com o que tem de mais avançado na tecnologia.
É melhor se posicionar com mais ironia, nem sempre captada por exigir neurônios em boa quantidade, e até ofendendo mais por descartar o desavisado que tenta ingressar nesse território e se vê perdido em meio a um vocabulário e abordagem que desconhece. Já o sarcasmo é de fácil acesso, o ultraje machuca de imediato e faz a ódio vir imediatamente à cabeça, não necessitando nem pensar. O que é ótimo para o tosco.
Isso não quer dizer que se deva adotar a complacência, mas tomar cuidado com a forma de se expor sem se deixar irritar com temas que, no final das contas, não se mostrarão tão importantes por falta de consistência e que decairão com o tempo.
Não há como se alienar da violência de hoje e de todos os discursos que a precedem. Se integrados à política neste planeta. A palavra como arminha. A ironia como um soco no estômago que ninguém vê, mas sente – a reação. O sarcasmo apenas irrita e acirra a disputa entre conservadores e os que querem um mundo diferente, onde a mentira e o fake news não prevaleçam.