O casal Nardoni é insaciável em sua sanha. Já não basta a perícia ter confirmado no julgamento que a menina Isabella foi machucada antes da chegada ao apartamento, sangrando no carro, no corredor, na soleira da porta, enquanto carregada no colo, para depois ser asfixiada pela madrasta e jogada da janela pelo pai, ainda viva, tudo isso em apenas 12 minutos. A mãe, Ana Carolina, encontra-se à disposição do juiz para acareação com o casal Nardoni, confinada num quarto vigiado pela polícia, sem poder se inteirar do julgamento. Também está presa, ressuscitando a dor da perda de Isabella, à espera de encarar seus algozes. Se tivessem confessado, evitariam a escalada de danos psicológicos, de difícil reversibilidade, à mãe de Isabella. Demolem pedaço por pedaço de sua estrutura fragilizada com a tragédia que se abateu sobre sua vida. Será que os Nardoni não sabem qual é o significado de uma cruz? Ou será que se consideram como vítimas do destino?