O governador de São Paulo convocou Maluf para ser seu sócio na gestão do Estado como responsável por implantar programas de moradia que investirão mais de R$ 700 milhões, somente esse ano – que temeridade! Inimigo histórico do PSDB desde os tempos em que Alckmin era vice de Covas, que dizia: “o que de melhor existe para um homem honesto é ter o Maluf como adversário”. O interesse se relaciona a que o PP, partido do Maluf, se alie aos tucanos nas cidades mais representativas de São Paulo e principalmente na eleição para prefeito dos paulistanos em 2012. Iniciativa que engrossa o caldo do loteamento de cargos nas hostes tucanas, subindo para 6 o número de partidos sob o guarda-chuva de Alckmin, aí incluído o honesto PV da Marina. Ir atrás dos votos de um Maluf decadente é o mesmo que depender do faraó Sarney para governar – só encontra paralelo na decaída soberba de Cesar Maia buscar abrigo nos 700 mil votos de Garotinho para deputado federal, outrora inimigos viscerais na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, quando Cesar foi derrotado. O prefeito que o Serra inventou está causando um estrago no PSDB ao bater em retirada para criar um novo partido. Kassab advoga um PSD nem de esquerda, nem de direita, nem de centro, nem fazendo oposição ao governo de Dilma ou integrando a base petista. Nem irá cobrar fidelidade dos seus correligionários ou o mandato de volta para quem vier a deixar o partido mais tarde. Que recaiam sobre Alckmin as penas da Lei Seca que tiraram o ar da graça de Aécio, por direção imprudente.
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