Maysa já escrevia no seu blog (diários) o que não podia esfregar nas fuças de gente rasteira que não acreditou nela. Do seu seio versava suas músicas, conforme desencanava sua realidade e expressava a realidade difícil da mulher da década de 50, entre ser esposa ou cantora e compositora, quando mães e lavadeiras ligavam o rádio, logo que acordavam, e cantavam, enquanto enxaguavam a roupa no tanque. O alto nível artístico de Maysa se popularizou, por transbordar de sua vida pessoal para a poesia das músicas que interpretava o seu drama existencial, que encontrava paralelo em mulheres de sua geração e emocionava a todos. Capítulo seguinte, Leila Diniz, que não sofreu o aprendizado de etiquetas para ser uma boa esposa e confrontou até a ditadura militar, com sua postura de liberar a mulher para começar a falar palavrão em público e de comer os homens sem grilo. Morreram, ambas, precocemente, numa conjunção astral que não permite a alguns seres avançados no tempo perdurarem, senão criam zonas de conflito inassimiláveis pela sociedade ou, então, decaem, a ponto de caírem no esquecimento.