O planeta Terra ainda não venceu o seu maior dilema quanto à sua falta de entendimento e cruciais diferenças para a gestação de uma vida com propósito mais humanitário e ajuda mútua de modo a superar as injustiças sociais e suplantar a miséria. Jerusalém, cidade sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos, alvo das Cruzadas e de disputas políticas e territoriais, em torno de Cristo crucificado, ou de um Messias que ainda não desceu à Terra, ou de Alá, que acena com um Paraíso ao sofrido povo palestino que não vem resistindo a mais uma guerra santa. Faixa de Gaza, um paradigma que serve de modelo ao mundo para pôr à prova a capacidade do ser humano sobre o que fazer diante de mais um genocídio no planeta em revide à completa dizimação de famílias em kibutz, que se notabilizam pela propriedade coletiva dos meios de produção, organizadas democraticamente.
Quem faz chegar o pão ao faminto, água aos sedentos e remédio ao enfermo, também traz luz ao ignorante, procurando colaborar na edificação de um mundo em proporções mais justas em qualquer setor da existência ou até mesmo na fé religiosa a que foi chamado. Muito embora ninguém possa assistir a outrem se não procurar a edificação e a redenção de si mesmo, se não adquirir o espírito de boa vontade e compreensão para não restar vazio e desolado, restrito à condição de mendigo de luz.
Suas más tendências indicam-lhe o que deve corrigir em si e é nisso que deverá concentrar toda a sua atenção, já que do que for completamente corrigido nenhum traço permanecerá.
Durante o sono, o encarnado goza de uma certa liberdade e chega a ter consciência de seus atos anteriores. Sabe por que sofre, e da justiça desse sofrimento, pode adquirir novas forças e emancipar sua alma. Se souber aproveitar esses momentos, guardará uma leve lembrança, que se apagará durante o dia, para não lhe causar sofrimento e não prejudicar suas relações sociais.
E assim irá abandonando, pouco a pouco, sua condição de mendigo de luz.