Bastou uma psicóloga ser contra construir uma estação de metrô no bairro nobre de Higienópolis, em São Paulo, por atrair gente diferenciada, para o grupo do Passe Livre declarar guerra – costuma torrar o saco do prefeito Kassab contra os aumentos constantes nas tarifas de ônibus. Gente diferenciada seria mendigo, camelô e dependente químico, mas pode perfeitamente embutir gente pobre e trabalhadora. O que deu margem aos manifestantes, armados de cervejas importadas e uísque escocês, atirarem na elite do bairro em que a psicóloga mora com cartazes: “Minha empregada que ande a pé”, “Metrô: só ando em NY e Paris” e “Chega de carro 1.0 em Higienópolis”. Cansa viver num país redirecionado para o pobre!