Disponível no Net Now. Segundo o diretor de “Meu pai”, Florian Zeller, que adaptou para as telas, em coautoria com Christopher Hampton, a peça de sua autoria, vencedora do Molière, o maior prêmio do teatro da França, em 2014: “O que eu queria fazer não era contar a história por fora, mas por dentro, e colocar o público em uma posição ativa, como se estivesse na cabeça do personagem principal”. Fazendo o espectador perder o rumo dentro da cabeça do demente e ator fabuloso Anthony Hopkins, com uma presença avassaladora no filme. Sem a plateia saber exatamente o que é real ou projeção errônea da mente dele. A ordem cronológica se torna desafiadora ao repetir diálogos em circunstâncias diferentes da que vimos originalmente, fazendo com que o espectador se questione se perdeu alguma passagem importante no filme ou se chegamos ao ponto de confundir nomes, rostos e ambientes devido à cronologia embaralhada. Até sofrermos juntos e ambos perdermos as referências de com quem vivemos, onde moramos e o que fazemos de nossas vidas. Levado por problemas cognitivos e de memória, afetando o comportamento do demente e alterando sua própria personalidade. Ninguém está livre de passar por tamanho inferno e verdadeiro carma. Aí reside a importância da obra. Imperdível.
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