A revista Forbes, que se notabilizou por publicar a lista dos maiores milionários do planeta e ser emblemática da riqueza americana bem como precursora do jornalismo de negócios, cedeu o controle do império midiático que cultivou durante quase um século para um grupo de capital chinês, especializado em comprar cadeia de negócios em decadência, por uma bagatela em torno de 400 milhões de dólares. Após anos de lucros decrescentes causados pelo avanço da mídia digital na receita de anúncios que antes eram da mídia impressa. Em seus dias de glória, Forbes era leitura obrigatória de executivos não apenas dos Estados Unidos, mas de todo o mundo. Hoje ninguém mais lê revistas. A exemplo de tantos outros produtos da imprensa que se encaminham para se tornarem antiquados e ultrapassados. A China comprou a Forbes com o objetivo de se apropriar de um ícone do capitalismo americano e do mundo dos negócios. Como tantos outros ícones da liberdade de expressão americana que já passaram para outras mãos, dentre os quais “Los Angeles Times”, “Wall Street Journal”, “Washington Post” e “Newsweek”. O quadro no Brasil é idêntico, com a mídia se tornando um verdadeiro mastodonte para competir com as redes sociais que trafegam velozmente na internet. Mas aqui vigora a reserva de mercado, que impede a transferência do controle da mídia para acionistas estrangeiros. Ou seja, vamos privatizar e abrir a economia para o capital alienígena fazer o que bem entender, excetuando-se as capitanias hereditárias que as oligarquias da mídia exploram.
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