Pode ser que, no final, a disputa pelo primeiro posto na campanha presidencial não seja tão apertada como parece sinalizar, se considerarmos que Aécio, Eduardo Campos e Marina hoje são um só contra o PT, já que somos informados a respeito de tudo que ocorre na arena pela imprensa e TV atuando como um partido político abraçado ao PSDB, que procura deixar refém quem lhe é contrário, ao disseminar um pessimismo não possível de ser atestado em todas as camadas sociais, quando o que vai ser decidido no voto é se o país vai mal ou bem. Se os black blocs virulentamente não tivessem acabado com as manifestações, poder-se-ia aferir melhor a insatisfação propalada. O PT se acomodou com a vantagem expressiva em sucessivas pesquisas durante muitos anos até junho de 2013 e a disputa mais acirrada em 2014 vai obrigar o partido dos trabalhadores a detalhar seus êxitos em contraposição aos tucanos provarem sua decência e a Eduardo Campos que sua política é realmente nova contra a velha política. Serão questionados quanto a reduzir o salário mínimo em termos reais, assumir o Bolsa Família e privatizar a Petrobras em confronto com a capacidade de gerência da Dilma diante de aeroportos e obras de mobilidade não concluídos a poucos dias de iniciar a Copa do Mundo. O PSDB terá de provar se está torcendo pelo Brasil na Copa do Mundo ou para que tudo dê errado, juntando-se ao vandalismo dos black blocs. A tentativa da mídia em estrangular o governo Dilma lembra tudo o que já fez com Getúlio Vargas (veja o filme de João Jardim em cartaz) em 1954, Jango Goulart, no golpe de 64, Brizola em 1982 e Lula em 1989, usando de todos os golpes desleais ao seu alcance seja para eles não se elegerem ou para depô-los. Não se precisa ir muito longe no Brasil para encontrar irregularidades, negligências e desvios de dinheiro em cada canto, mas explorar diariamente no noticiário é também fruto de uma estratégia para usar o poderio da liberdade de expressão e destruir o adversário de modo a pôr no poder o presidente que acatará suas imposições e implantar uma democracia bem ao caráter de quem não vê com bons olhos a prioridade dada a políticas de inclusão e de redistribuição de renda em detrimento de bons negócios para a economia.