Há quem não acredite em milagres. Por outro lado, há quem, tendo sofrido experiências marcantes em sua vida ou movido pela fé, reafirme sua crença. Milagre é algo de inacreditável sem explicação alguma, que surge quando menos se espera ou não se tem mais esperanças, ou então quando se reza muito para que ele aconteça.
Como curar-se de uma doença à qual estava condenado; um deficiente levantar-se da cadeira de rodas e sair andando normalmente; sobreviver a um acidente de avião em aterrissagem emergencial em terreno irregular ou no mar. Somente ressuscitar não está ao alcance dos seres humanos, salvo em casos que ratificam a espiritualidade.
Por outro lado, não é considerado um milagre ver um bebê que passou nove meses no ventre da mãe e que depois nasce com personalidade e características próprias. Faz parte das leis da Natureza. Se bem que quem já plantou uma semente minúscula no útero materno ou aquela que o fez desenvolver cuidando dele sem vê-lo, ambos veem dali brotar uma árvore que cresceu, cresceu e hoje proporciona uma sensação que positivamente não é desse mundo – a certeza de que você foi capaz de realizar um milagre.
A vida está cheia de milagres, a gente é que não sabe ver. Se o sol dá luz ao dia e a noite propicia uma lua que ilumina só para gerar sombras – um milagre cotidiano. E dois corações que subitamente se apaixonam sem terem como explicar, não é outro milagre também?
Como é maravilhoso poder entrar em contato com algo que está além do que podemos ver, tocar, sequer vislumbrar ou mesmo sentir!
E amar e se sentir feliz em meio a tantos problemas que abalam o mundo já não é um milagre?
Há mais coisas entre o Céu e a Terra do que o nosso coração em toda sua filosofia poderia sonhar. São os milagres que não podem ser previstos.