Os militares da reserva não conseguiram se segurar nas tamancas quando o Congresso emplacou a Comissão da Verdade. Foram obrigados a se posicionar em defesa dos torturadores e de um passado que seria melhor enterrar junto com Rubens Paiva e outros tantos desaparecidos e executados em nome da pátria fardada. Resultado do tipo o castigo veio a cavalo: o que foi considerado nos anos de chumbo subversivo e passível de tortura por não aceitar o regime imposto pelos gorilas, hoje os militares reservas não reconhecem qualquer tipo de autoridade ou legitimidade no ministro da Defesa (que é civil) e, portanto, sujeitos a prisão. Resultado do tipo o mundo dá volta: hoje os militares de pijama não aceitam ver cerceado o direito de expressar sua opinião, enquanto nos tempos do “prendo e arrebento” manietavam o país com a censura e a mordaça ao livre pensamento. Mesmo não entendendo bem o que queria dizer. Pelo visto, não mudou muito de lá para cá. Não é fácil trasladar-se da cultura da ordem unida para o liberou geral.
Deixe um comentário