O câncer é reflexo da culpa. Lugo, o presidente do Paraguai, de 59 anos, contraiu um câncer em estado avançado. O ex-bispo, que obteve dispensa do Papa para governar e pôr fim em ditaduras sem fim e em governos corruptos que cristalizaram no Paraguai a imagem do falso, personificado no uísque e no cavalo. Foi só chegar ao poder para aparecer seu fundo falso: filho por tudo quanto é lado, fruto de ações para reconhecimento de paternidade, produto de seu personagem Don Juan na figura de bispo. Resultado de assédios sexuais que se transformavam em relacionamentos com moças inexperientes e serviçais do sacerdócio, sob a promessa de que iria abandonar a batina para terem uma vida em comum. Como bispo, não teve consciência mas, como presidente, o câncer despertou sua culpa, sua máxima culpa.