Jobim, o ministro da Defesa, bateu o recorde. Foi ministro tucano com FHC e petista com Lula e Dilma, além de juiz do Supremo Tribunal Federal. Mas bateu outro recorde: vota sempre com os tucanos e nem por isso deixa de ser ministro de governos petistas. Reforçado, no caso do Serra, por ser seu grande amigo e ambos já terem compartilhado uma residência em Brasília. Como se julga acima dos partidos, também se julga no direito de expor o PMDB, seu partido, e o PT ao ridículo, em virtude de ser convidado para qualquer festa. Confessar que votou no Serra 2010 só se justifica em face do estado de plena aceitação fazer a pessoa se desligar da realidade e gerar tamanha euforia que parece que ingeriu um ecstasy. Já que não passa por traidor e sim por insubstituível ou imprescindível ou confiável até a raiz dos cabelos, o que, convenhamos, não é para qualquer um. É o único caso de infidelidade que não faz jus à reprovação por malversar valores éticos e morais. Com a palavra os moralistas de plantão.