O Supremo Tribunal Federal cada vez mais em dessintonia com a opinião pública, guiada por impulsos primitivos e pela imprensa, que goza da prerrogativa de editar suas leis – no seu douto juízo. Abriram a porteira para os fichas-sujas (ladrões, assassinos, mafiosos, genocidas do erário público) participarem de eleições e emporcalharem a democracia, cassando a voz de juízes eleitorais regionais contrários à concessão de registro a político safado. A presunção da inocência não pode virar um cheque em branco para representantes do narcotráfico ingressarem na Câmara de Vereadores. Mais do que se preocupar com algemas e com a suspensão de direitos políticos de candidatos de passado desonesto, é o povo precisar ver garantidos integridade, caráter e mãos limpas de quem trabalha pela causa pública. É a ditadura do Supremo; afinal de contas, não se discute decisão da Justiça, apenas cumpre-se.