Sabe o monstro debaixo da cama?
Ou o Monstros S.A.
Que sai do armário para nos assustar?
Se liga na metáfora no ar:
Quando dormimos,
Nosso inconsciente acorda
E é aí que damos corda
Sem nos aperceber
Ao que tanto insistiram
Em nos dizer.
Nós acreditamos,
Somos todos ingênuos
Neste plano terreno.
Alimentamos a fera com medo
Por tantos anos
E ela dorme ali,
Escondida debaixo
Do tapete,
Da cama,
Dos panos.
Passamos pano
Para quem causa
Nossa própria desgraça.
Quando a gente rechaça
Nossa própria essência
Para manter as aparências
Por receio da dor,
Preguiça ou o que for.
Guarda a besta no armário,
Dá uma de otário,
E teme que ela saia dali.
Mas não temos saída
A não ser abrir a porta
Para nos vestirmos pra vida.
Sabe o filme Monstros S.A.?
Quando eles se alimentam da energia
Do medo de crianças
E vem a linda Boo
Que entra na dança
E cai na gargalhada?
Quando Mike & Sullivan descobrem
Que o riso gera muito mais energia
Do que caras assustadas?
É tipo isso:
Uma mudança de padrão
Que começa no coração
A vibrar no tom mais alto.
Monstruosidades
Já não me causam sobressalto
Porque vou além.
Não adianta me assombrar,
Eu sou fera também.