De tanto mirar em Lula como o chefe da quadrilha emoldurado no PowerPoint do procurador Dallagnol, o juiz Moro acabou obcecado, perdeu a noção e se transformou no chefe da quadrilha dos delatores que foram e vão se agregando em torno da mítica figura que pretende ser ao competir despudoradamente com Lula – desde que os delatores delatem Lula, e agora Dilma, para aniquilar de vez com os programas sociais, a bandeira do PT.
Primeira Prova do crime perpetrado por Moro: o depoimento de Lula de 5 horas onde foi achacado com pegadinhas torturantes para ver se caía em contradição, em que Moro extrapolou absurdamente em relação aos limites do objeto em questão (tríplex e acervo presidencial), para tentar, açodadamente, por todos os meios, incriminá-lo no escândalo da Lava-Jato, desvirtuando sua função de juiz.
Segunda Prova: o perdão das penas cavalares em troca da prisão domiciliar e tornozeleira eletrônica e devolução do que foi roubado, garantido o seu padrão de vida nababesco por outras fontes não encontradas em paraísos fiscais, que não vêm ao caso.
Terceira Prova: relação de promiscuidade com a mídia através dos vazamentos, participação em eventos tucanos (Dória) e lançamento de livro exaltando a Lava-Jato (escrito pelo filho da Miriam Leitão), recebendo homenagens do Sistema Globo como o melhor juiz do ano, tudo isso visando sua autopromoção, expressamente proibida pelo código de ética da magistratura. Mas que bem pode se pressupor formação de quadrilha de Moro com a mídia, de tantas ilações que os procuradores se dão o direito de fazer a respeito de Lula, e baseadas na Teoria do Domínio do Fato em defesa da liberdade de expressão, se bem dissimulada a propina.
Quarta Prova: Moro forjou provas apresentando para contestação documento sem assinatura e outro rasurado.
Não são provas cabais, mas elementar a convicção se esboçar e vir a abraçá-las como testemunhas fiéis. Como o processo não é baseado em provas como um processo criminal comum, dá margem ao discurso político de Lula, mesmo porque quem dá o tom é o juiz Moro, cuja atuação é mais marcadamente política do que causídica, se colocando no papel de carrasco ou inquisidor em vez de se dar o respeito como integrante da alta magistratura, ao não observar a conduta, isenção e imparcialidade que lhe são exigidas.