Morre-se todo dia um pouco
Porque o tempo corre como louco
As coisas mudam de lugar
E as pessoas também
Elas mudam e a gente nem percebe
A gente só segue em frente
Mudando também
Morre todo dia um pouco
Da nossa energia, da nossa alegria
Morre um tanto da poesia
Morre todo dia um pouco do viço da pele
Da força motora que nos impele
Morre também a inexperiência
Que tanto nos fere
Morre-se todo dia um pouco
Porque o tempo corre como louco
E viver é matar o tempo
E em troca, morrer um pouco