Se o mundo é uma bola, eu quero jogar
Mas não posso chutar
Não quero fazer gol
Eu tô na bola
Que roda e rola
Dentro e fora de mim
Tento não ficar tonta
São dimensões sem fim
Bolas fora, bolas dentro
A Terra é um rebento
Bolinha de gude
Ops! Lá vem a brincadeira de novo!
Não quero competir com ninguém
Talvez comigo mesma
Zoando a cara de lerda lesma
Que eu era em outras eras
Rindo também de agora
Tão menos que amanhã
O mundo gira
A gente pira
E eu não conheço quase nada
Mas tá de boa
Porque assim
À toa, nesta bolada
Vou aprendendo mais de mim
Sobre você e sobre todos
Deste planeta chinfrim
Já o mundo, seu moço
É bem melhor que a gente
São várias constelações existentes
E um universo inteiro
Que roda e quica a bola
Essa escola chamada Terra
É, o mundo é uma bola sim
Não se sabe onde é o começo
Tampouco seu fim
(Mariana Valle – inspirada em poema de Alan Salgueiro)