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NA TERRA DOS CAUBÓIS, O ASSASSINATO COMO ESTILO DE VIDA

“Quem dera morar nos EUA!” Quantas vezes já não ouvimos esse impropério? A maior democracia do mundo que, além de ser submissa à Wall Street (centro mundial da especulação que visa enganar os investidores), à indústria de guerra e à CIA, se curva perante a Associação Nacional de Rifles (NRA), que quer colocar um policial armado em cada escola como forma de impedir que jovens psicopatas matem seus colegas de classe, desde universidades até o ensino fundamental. A NRA luta para manter a mentalidade de armar o cidadão americano de modo a defender sua integridade e a propriedade privada contra o invasor, alienígena ou não. Se o governo protege bancos, aeroportos, prédios públicos e o próprio presidente com armas, por que não as escolas? O local mais seguro para causar o máximo de dano com o mínimo de risco – uma argumentação cafajeste à feição para uma nação puritana? Culpam a licenciosidade dos filmes e dos videogames, exaltando o assassinato como estilo de vida. Apelam para: fantasiar sobre matar pessoas como forma de obter prazer não é a opção mais suja de pornografia? Como se os armamentistas americanos fossem muito diferentes dos insanos que saem atirando. E o pior é que nenhum presidente norte-americano tem peito de barrar esses exterminadores do presente EUA, já que o espírito de sacar a arma do coldre veio incrustado na formação da nação americana. Eles se julgam caubóis eternos.
Categories: Croniquetas
Antonio Carlos Gaio:
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