Nada voltará ao que era antes. Embora as saudades sejam imensas e o desejo de voltar ao que bem desfrutou transparece de tão gostoso que foi. Mas a vida é implacável e não espera por você. Seja por onde se esgueirar, o tempo não para. A imagem não congela na cibernética da vida. O que passou, passou; o que ficou pra trás, ficou.
É a vida em movimento. Ou estamos em órbita, girando em torno de nossos assuntos, ou atraídos por um astro maior que subverte nossa ordem interna e nos arranca de nossa inércia.
Somos eternos viajantes em caminhadas que buscam realizar nossos sonhos e desejos. Nós, na verdade, não morremos. Somos eternos em espírito a morrer na temporalidade da vida, que nunca permanece igual à medida que a vamos enfrentando. Já que nada tem volta! Na natureza, tudo passa! O que vier a se transformar em ruínas, se alevanta do nada um dia e cresce tomando o lugar que correspondia ao seu mundo.
O mundo sempre em movimento nos eternos passos que se seguem, mudando as coisas, queira você ou não – isso não é da sua alçada! Estranhos se tornam conhecidos e entram em nossas vidas como amigos que vão e vêm, de acordo com situações que fogem ao domínio de nossa esfera de ação.
Há um tempo para nascer, crescer, desenvolver-se, amadurecer, conciliar, aceitar seu destino e partir, renascer e compreender que tudo passa! Mesmo as mágoas, os ódios alimentados no maior capricho e o não engolir determinadas pessoas que elegemos como inimigos.
O que importa é a experiência adquirida, pois o tempo cura tudo! No eterno infinito, as coisas passageiras se diluem. Os dramas perdem sua força e a dor vira sabedoria. As palavras que o feriram podem se transformar em bálsamo e o curar de males que persistem em se manter ativos dentro de você – quando você se permitir e assim o quiser. Se observar que o tempo leva tudo de roldão, tudo é natural. Como é natural no ciclo biologicamente espiritual o espírito não morrer para entrar e sair dos corpos perecíveis ao longo da cadeia da reencarnação.
Se as experiências vão pingando em seus olhos como um colírio, é para melhor enxergar e o aprendizado entranhar para que a evolução ganhe curso livre, já que é impossível deixar de existir. Entregar os pontos. Abandonar a evolução. Todos estamos destinados à Consciência Cósmica, mesmo que isso nos pareça sem sentido – ao menos, no momento. Porém, a má compreensão é uma nuvem passageira. Basta uma lágrima de arrependimento rolando no rosto para findar desentendimentos que parecem vencer séculos. Tudo a seu tempo, mesmo que isso leve tempo. O tempo necessário para conquistar a felicidade no bem-estar em compreender o mundo que o cerca.
Se nada tem volta!
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