NÃO ACEITE AS REGRAS DO JOGO CRIME E CASTIGO

O oportunismo faz com que se abra mão de nossas próprias habilidades optando por usar pessoas e situações para chegar onde queremos. Por medo de dar um passo atrás quando decidimos ir ao encontro da realização de nossos anseios. Por temer a inveja, que nos induz a fazer comparações e a perder o chão, anulando nossa autoconfiança. Levando-nos a ser hipócritas com palavras de afeto que não cheiram bem e falsos sorrisos de compreensão que reforçam a certeza de que sempre poderemos usar e abusar daqueles que acreditam em nós. Preocupados com os que têm extrema habilidade em pintar de negro tudo aquilo que esperamos do futuro, nos roubando a fé.
Quando blindar o orgulho é que seria fundamental, pois ele retém a mágoa, o ódio e o desejo de retaliação, a ponto de nos iludir julgando-nos intocáveis, os únicos que serão poupados de dissabores, sugando, portanto, nossa humildade. Evitar também a cobrança, exigindo reconhecimento e gratidão, no mínimo, em troca do que já fizemos em prol dos outros. Nem mesmo passar por vítima, que nos arrasta para o fundo do poço ao acreditar que tudo e todos são culpados pelas nossas dificuldades. Dificuldades que acabam por obstruir o nosso livre-arbítrio e lembrar que existe a lei de ação e reação.
Faltou a culpa, quando ingressamos no jogo de crime e castigo. Se acreditarmos na fatalidade do sentimento culposo, tendemos a nos maltratar e a nos punir a partir de pessoas nefastas soprarem em nossos ouvidos: “Como você é egoísta!” E você não perceber que esses espíritos obsessores geralmente desejam nos explorar, abusando do sentimento de culpa que normalmente permeia a raça humana.
Corremos o perigo de ver a nossa mente escravizada se não soubermos nos livrar do assédio do oportunismo, da inveja, da hipocrisia, da vitimização, da culpa, se não procurarmos o caminho correto.