Se Lula não teve coragem de gritar “Viva Zapata!” na cara de Fidel Castro e de seu irmão, como última homenagem ao dissidente cubano que morreu de uma greve de fome, é porque acredita no potencial econômico da ilha e em querer ser o primeiro parceiro na política de investimento e desenvolvimento da Cuba do futuro – reaparelhando o porto de Mariel. Não é só por preferência ideológica do desacreditado esquerdista Lula, e sim também para espraiar a nossa influência tropicalista, através do seu capital, na Latino América. Até para Fidel se coçar com o chamado imperialismo brasileiro, ao lado de Chávez e Evo Morales. A relação nostálgica com Cuba advém da época em que a turma de verde armada alardeava “Pra frente, Brasil!”, abraçada a Pinochet na operação Condor, em oposição à falta de liberdade de pensamento do regime de Fidel. Ficamos com trauma da censura à roda viva de Chico Buarque e das torturas em parentes e amigos desaparecidos. Países parecidos, embora não fronteiriços, mas irmãos na música e em fazer amor despudoradamente. Amor que bate e fica.
Deixe um comentário