O que está por detrás da notícia em rápidas palavras
NÃO ATICEM OS MACHISTAS SELVAGENS
O que está em questão não é só a barbárie de condenar a viúva Sakineh à morte por apedrejamento pelo regime iraniano, em virtude de trair a memória machista ancestral. Nem os talibãs no Afeganistão aplicarem 200 chicotadas numa viúva grávida de 48 anos e a executarem com tiros na cabeça, por manter relações com um homem que pretendia ser o sucessor do falecido – libertado após o pagamento de polpuda fiança. Muito menos o assassinato premeditado da psicóloga de Divinópolis (MG) por estrangulamento e facadas, pelo motivo banal de o ex-namorado ter sido dispensado por ele não dispensar o tratamento que ela se julgava merecedora. O que está em jogo é o homem não aceitar perder o domínio sobre a mulher, de forma a atender os seus interesses e privilégios, regulando a formação da família como o goleiro Bruno, com vias de escape ao seu inteiro dispor, sem correr o risco de ser abandonado no meio da estrada, chamando sua esposa de vagabunda por não se manter fiel nem quando ele vier a morrer.
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Antonio
Carlos Gaio
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