Ao se apossar da Crimeia onde tem uma base naval no Mar Negro, a Rússia dá o primeiro passo para incorporar a parte russa da Ucrânia (cerca de 40% do território), depois que Kiev se sublevou contra o primeiro-ministro Yanukovych por sua gestão pró-Rússia, agravada pelo morticínio provocado no seio da população. O que irá redundar na secessão da Ucrânia, até para defender seu próprio flanco de onde se originou a nação russa, já que a Ucrânia ucraniana deseja vincular-se ao bloco europeu. O mesmo continente onde França e Itália são inteiramente dependentes do gás russo, a Alemanha investe bilhões na Rússia e os bancos do Reino Unido faturam alto com os investimentos e aplicações, especialmente de mafiosos russos – até como reflexo do mundo globalizado. Putin ratifica sua formação na KGB (polícia secreta da falecida União Soviética) ao não desconhecer o rabo preso da Ucrânia com a velha ou a atual Rússia. Não adianta ignorá-la nem taxá-la de comunista, pois a Rússia sempre foi dura através de seus métodos de ação. Pelo fato da guerra ser inviável (ninguém quer), a Ucrânia ucraniana vai ter de sentar para negociar com a própria Rússia e conquistar sua liberdade, se não quiser se transformar num protetorado da Velha Europa ou numa falida ex-república soviética.
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