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NÃO É O PÊNIS QUE DEVE ESTAR NO COMANDO

Se há uma questão que causa dor de cabeça nos homens do mundo inteiro é o tamanho do pênis. Salvo os que amadureceram e se regulam por tamanho não ser documento.
O comprimento de um pênis mole gira em torno de 9,16 centímetros, enquanto duro, 13,12. A circunferência circula de 9,31 a 11,66, respectivamente. Absurdo essas medidas se constituírem num valor muito representativo para o homem contemporâneo.
A preocupação dos homens em relação ao tamanho do pênis é tamanha que propicia o surgimento de transtornos relacionados à percepção do próprio corpo ser completamente diferente da realidade, vendo deformidade onde não há: ou por só enxergar um micropênis com menos de 7 centímetros, ou porque as pessoas costumam reparar no volume de seu pênis por onde passa, se bem empacotado numa calça jeans justa.
Isso ocorre embora a opinião médica diga que está tudo certo com as medidas em 98% dos casos, a despeito de os pacientes chegarem ao consultório queixando-se que não são normais. Desconhecem o que, de fato, é ser normal neste caso, pois confundem com o desejado ao se surpreenderem em filmes pornográficos com pênis de 20 centímetros de atores bem dotados. Quando esses atores, na verdade, é que estão fora dos padrões considerados normais.
Perdeu-se a noção do que é normal ou anormal, quando a cama saiu dos limites do sacrossanto lar ou restrita às quatro paredes da intimidade e se dirigiu para o teatro com o propósito de se encenar uma farsa explorando valores que não se sustentam. Em vez de se colocar a energia nos sentimentos envolvidos, no afeto, nas palavras e na personalidade, os homens deram lugar a uma imaturidade emocional sem tamanho em que o pênis assumiu uma dimensão anormal. Completamente desproporcional ao nosso meio ambiente.
Na medida em que resolveu ir para o palco viver sua própria ficção, dirigido por um mau diretor, o pênis, por maior que seja, não vai despertar desejo em outra pessoa se não houver uma alma de verdade por trás.
Não é o pênis que deve estar no comando.

Antonio Carlos Gaio:
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