O movimento de ultradireita Tea Party, cuja cabeça é Sarah Palin, candidata derrotada a vice contra a chapa de Obama, vinha comandando uma campanha na mídia conservadora, especialmente em programas de rádio e no canal a cabo da Fox News, de modo a que os líderes políticos da democracia mais avançada do mundo passassem a temer seus próprios cidadãos. Cravaram no mapa dos EUA desenhos de miras telescópicas dirigidos aos distritos dos congressistas que lutavam para estender o plano de saúde aos mais pobres e não tratar o imigrante como criminoso. Espalharam fotos de Sarah Palin com um potente fuzil na direção do símbolo do Partido Democrata. Na tentativa de arrebanhar a maioria da população americana, que não aprova o controle sobre armas, a votar com o Partido Republicano, culminando por incentivar a chacina provocada em torno do tiro na cabeça da deputada democrata Gabrielle Giffords, recentemente eleita pelo Arizona. Como o cidadão americano não quer abrir mão de portar armas por não confiar e ter que se defender de seu próprio espírito violento, extensivo à proteção de seus bens e da propriedade privada, nada mais natural do que atirar para matar quem é do contra e tenta desmobilizar a máquina de guerra que fez a nação americana alcançar o status de império e expandir suas fronteiras de influência para vender mais sua imagem e seus produtos. Procede caçar os inimigos do regime imperialista, caso contrário seria assinar embaixo da decadência e da perda inevitável da potência.