Ficamos sempre tentados a investigar quando se dará o final de cada jornada de trabalho ou de uma etapa de vida ou missão por se desincumbir, especialmente se ela está sendo desafiadora e instigante. Por imaginar o quanto de receio nos invadirá, ao fim de tamanha ansiedade com o desfecho do conflito, e que novo quadro assomará, principalmente se for para dar sequência a um processo criativo. Salvo se transformarmos o fim de um ciclo em um novo início e subirmos mais um degrau para criar uma nova realidade. Posto que, a todo momento, observamos se nossa jornada faz sentido, se ela se enquadra em algum propósito e se compreendemos a extensão de seu significado. Mas muitos só conseguem enxergar nesta vida nada mais do que luta, por vezes rastejando através dela, inferindo que o final da jornada é onde temos que parar, acarretando decepção e frustração. Quando, na verdade, podemos estar seguindo em frente e navegando com maior rapidez, se nunca existe fim e sim um ciclo atrás do outro.
Não que exista um fim, só que ele é apenas diferente do que pensamos. O que há, de fato, é uma jornada de aprendizado do espírito que compreende a gradual cura quanto aos maus passos dados e que termina a cada ciclo com um evento esclarecedor. Quando entendemos a lição e escolhemos um caminho diferente.
Adquirida a percepção da importância de cada jornada e o que determina a interferência da cura, deixamos de tentar encontrar o seu fim e entramos em contato com a beleza e a grandiosidade de cada aspecto em particular, de como Deus criou o mundo – um dos objetivos maiores de nossa jornada para saciar nossas dúvidas, incertezas e instabilidades. Para que possamos relaxar e apreciar a jornada como se estivéssemos em meio a uma viagem, abandonando a sofreguidão de quando chegaremos lá.
O princípio está no meio e não no fim.
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