NÃO EXISTE UM FIM PARA NÓS NEM UM COMEÇO, MAS UM FLUXO CONTÍNUO DE VIDA

De verdade mesmo, nada acontece na morte se a virmos pelo prisma de que apenas deslizamos de um quarto para o outro. Tudo permanece exatamente como era. Eu não deixo de ser eu nem você tampouco, bem como os nostálgicos velhos tempos se mantêm intocáveis. O que quer que seja que representei para você, nada muda. Prosseguirei a ser chamado pelo nome de guerra, a me expressar da mesma maneira a que estão acostumados, não havendo necessidade de empregar um tom de voz solene ou triste ou mesmo como um fantasma de uma sombra que recaiu sobre você. Lembrar-nos-emos até das boas risadas que demos quando nos divertíamos juntos. A vida continua igual como sempre foi, significando o que sempre significou. A ininterrupta continuidade da linha da vida é o que existe de mais permanente, imutável e eterno, preponderando de forma absoluta, o que torna a morte um acidente insignificante. Por que eu deveria estar fora da minha mente ao morrer só porque não serei mais visto? Só porque não serei mais enquadrado pelo foco da visão? Se eu estarei esperando por você, por um período de tempo, em algum lugar perto de onde você está, bastando virar a esquina. Está tudo sob controle. Estamos conectados a tudo no Universo. Não há nada do qual não façamos parte pois tudo flui através de nós e para nós. Nossas energias, nossos pensamentos e nossas palavras fluem através de toda a vida, na Terra e em outros lugares. Não existe um fim para nós, nem um começo, mas um fluxo contínuo de vida, sempre aperfeiçoando nosso estado de ser a cada encarnação. A constatação de um mundo mais que imperfeito, de que existem muitos erros e inúmeras falhas, é para que se processe a evolução. Da mesma maneira que se liberta um gênio de dentro de uma garrafa, suas palavras e seus sentimentos aguardam um comando seu para ingressarem no mundo da matéria e criar, pois se toda criação é feita por você, para você e através de você. O mundo exterior apenas reflete nossos pensamentos e diálogos internos. A vida não é uma fatalidade que se arremete sobre nós, mas uma grande chance que nos é proporcionada para criarmos continuamente.