Dois pesos, duas medidas. Todo mundo sabia que o mensalão tucano não ia dar em nada: Azeredo não mais vai ser julgado pelo Supremo Tribunal e será beneficiado pela lentidão da Justiça, o maior atributo de corrupção moral deste venerando poder da República. Um arsenal jurídico à sua disposição, entre julgamento em 1ª instância e recursos ao TFR, STJ e STF, prescrevendo quando Azeredo fizer 70 anos em 2017. Além de o PSDB ter grande influência no Judiciário de Minas e saber ficar calado quando convém para agir debaixo dos panos e comemorar essa vitória, que é só sua – o desgaste do mensalão ficou para o PT numa manobra muito bem urdida nos bastidores do chiqueiro político. O Supremo Tribunal foi frouxo com Azeredo, que renunciou ao mandato de deputado federal com o intuito de se tornar um réu comum e se beneficiar com o esgarçamento do julgamento, ridicularizando a Justiça ao se livrar dos maus bofes de Joaquim Barbosa, embora contando com a aprovação de Gilmar Mendes, que confia na justiça para os poderosos no Brasil, principalmente depois do julgamento do mensalão petista. Com certeza, Azeredo não será condenado por nossa justiça perneta. Ao contrário, fará jus a uma condecoração pela justiça mineira, nele personificando a esperteza, em nome da súcia que o assessora, ainda mais que o processo do mensalão tucano (de 1997) se encontrava estacionado, quando foi reativado por força do mensalão petista em 2005, até para dar bom exemplo – e estamos em 2014.
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