“Eu vejo tanta gente levar sorte na vida. Não quero dizer que dou azar, mas também não sou bafejado por um destino promissor que me encoraje a continuar firme em meus propósitos. Será que não me persegue um castigo divino de outras vidas que me obriga a suportar consequências de meus próprios atos dos quais não me recordo? Se haveremos de colher apenas aquilo que plantamos!”
Se nada acontece por acaso e o que sofremos deriva de nossa inteira responsabilidade quanto a ações para as quais não houve reflexão e maior ponderação no passado, não cabe lamentar e acreditar que nada adianta fazer diante de uma natureza negativa que grudou feito uma crosta de gordura em nossa alma.
Cabe sim eleger o que pode ser mudado em seu destino e transformá-lo em carma positivo, se realmente assumir o comando dessa longa empreitada e corrigir o rumo de sua nau.
Infortúnios, perdas irreparáveis e falências seguidos de inúmeras tentativas otimistas podem ser a solução para encontrar o caminho da cura e harmonizar seu espírito para lidar com fatos aparentemente inconciliáveis.
Somente serão bem-aventurados aqueles que, ao transporem os obstáculos que põem à prova a força moral e as convicções do ser humano, aproveitarem a oportunidade para crescer, sem medo de virem a ser alguém que julgam não estar preparado. Por se encontrar seguro de que nessa rota tudo acabará bem, por pior que venha a borrasca com a intenção de afundá-lo na matéria do tempo.
Tudo se resume a conformar-se no tempo que lhe cabe, construindo no seu ritmo, com muita doação, um espírito pacientemente lapidado para não mais reclamar de não passar um minuto sem que apareça problema ou preocupação.