Nós mesmos sobrecarregamos a mente com inquietações que não nos dizem respeito. Seria justo, então, acolher disparates originados no inconformismo com provações que não são suas, e que não param de jorrar, pois se destinam ao aprimoramento de outrem?
Costumamos prejudicar grande parte de nossa jornada diária consumindo-nos em aflições inúteis, em nada melhorando a condição daqueles que vos esbofeteia com a amargura própria de provações que não se resolvem. Ao lhes ceder ouvido e hipotecar apreço, eis que as perturbações podem se ampliar, desarmonizando seu estado de espírito, como se espíritos obsessores o estivessem arrastando para a delinquência.
Atentam contra nossa sanidade mental com problemas sobre cuja formação não tivemos a menor responsabilidade. Quando não nos insultam, fermentando calúnia e veiculando boatos, com o intuito de abrir uma brecha na tranquilidade de nosso mundo interior.
Para que perder tempo com quem deseja conturbar o seu coração, se os problemas um dia irão para a conta do maldizente, que deles não mais poderá se livrar, respondendo, enfim, pelos males que causou?
Há que elevar um pouco mais nossa autoestima para melhor desfrutar nossas alegrias da vida íntima e filtrar nossas afeições separando o joio do trigo, de modo a dar um maior peso a nossas tarefas construtivas, as quais nos cabe valorizar e enriquecê-las com trabalho, amor e lealdade aos próprios deveres.
Se a obrigação cumprida nos garante a consciência tranquila, tomemos a iniciativa de não conferir a espíritos intrometidos atenção alguma, pois frequentes incursões se originam das trevas para nos desafiar.
Não se justifica passar recibo em qualquer conta perturbadora que tentem espetar em você com a maledicência própria de quem ousa tirar a sua paz, explorando a sua boa-fé e boa vontade com o próximo.
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