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NÃO SE DEIXE LEVAR PELO EFÊMERO ORGULHO FERIDO

Se nos conscientizarmos do quão a nossa existência física é curta, passa rápido, não dá tempo para fazer quase nada, certamente pensaremos com mais sabedoria antes de jogar fora as inúmeras oportunidades que surgem à nossa frente para melhorarmos nossas expectativas de vida, e de também nos dedicarmos a promover a felicidade dos outros.
Por quanto tempo, sejam dias, meses ou anos, conseguiremos desfrutar da convivência com nossos familiares, amigos, colegas de trabalho, enfim, todas as pessoas que fazem parte de nosso círculo de relacionamento? Afinal de contas, Deus convoca muitos de nós a partir ainda muito cedo, senão inesperadamente. Não se encontra no cardápio de nosso livre-arbítrio prever como e nem quando isso ocorrerá. Alguns sequer chegam a sair do útero e nascer, interrompendo sua efêmera jornada na matéria ainda no ventre materno. Quando os sinos tocarão anunciando a nossa hora da partida, o pior sofrimento para os ateus. Agravado se não nos for dado o direito à despedida de ninguém.
Em decorrência dessa nossa verdadeira alienação de consciência quanto à espiritualidade, nos despreocupamos e negligenciamos os esforços e a cuidadosa atenção com que devemos valorizar nossa vida material com relação aos bons valores. Nos deixamos levar pelo nosso orgulho ferido e supervalorização que conferimos a insignificâncias, naturais do cotidiano e do convívio entre as pessoas. E acabamos por nos aborrecer desnecessariamente. Por julgarmos com a severidade que não queremos que nos seja aplicada. Evitando o contato para punir o outro com o nosso desprezo, nos afastando e não oferecendo a compreensão e o abraço fraterno, o que almas terrenas mais precisam. Nunca se é jovem ou velho demais para se rever posições, para perdoar. Não se algeme aos tropeços do passado, o que passou, passou e já produziu suficientes estragos. Não permita que permaneça indefinidamente a causar danos em sua vida! Pois serviram para nosso aprendizado.
Confissão à intimidade do travesseiro: que tal não mais comparar sua vida com a daqueles que materialmente possuem mais do que nós? E se experimentar se comparar com aqueles que só colecionam miséria?

Antonio Carlos Gaio:
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